sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Para ouvir com o som a bombar!

Adoro esta música. faz-me dançar sozinha no quarto como se não houvesse amanhã. É 1 bom exercício aeróbico. E para soltar energia e stress é do melhor. Fechem-se no quarto, não tenham medo de fazer figuras onde ninguém vos vê e soltem-se, cacete! Saltem em cima da cama, toquem guitarra, partam os móveis e riam até não poder mais. É o que vos desejo para hoje :D





Obrigada, will shatner

terça-feira, 26 de agosto de 2008

De volta à rotina...

Mas por pouco.
A verdade é que quase ficava apeada no aeroporto de Lisboa.

Depois de na última viagem a terras lusitanas ter cometido a proeza de conseguir comprar o bilhete ao contrário (LX-BCN, BCN - LX) e ter de pagar outro, desta vez decidi que não iria cometer erros. Mas, já com o bilhete comprado há algum tempo, decidi meter mais um dia de férias e prolongar a minha estadia até sábado, em vez de partir na quarta-feira prevista inicialmente. Confirmei o voo 4 vezes antes de o comprar, paguei 1 fortuna, mas afinal uns dias mais ao colinho da mamã valem a pena e nem pensei mais no assunto.

No dito sábado, saio de casa com os meus pais por volta das sete da manhã, com a almofada atrás para bater uma bela sorna da Marinha Grande até ao aeroporto, e a verdade é que dormi um soninho profundo que me soube a ginjas e só acordei estávamos mesmo a chegar ao aeroporto. Ora eu tenho um grave problema ao acordar. Embora acorde super bem disposta, meiguinha e sem pingo de rancor por quem me acorda, na verdade não sei muito bem onde estou ou o que estou a fazer, mas disfarço bem. Pois acordo, tiro as malas do carro em modo zombie, despido-me dos papás e lá me encaminho para a zona do check in, meto a mão na malinha que levo sempre a tiracolo com os documentos, telemóvel, dinheiro, mas só consegui tocar o vazio...

Pânico...

A mala tinha ficado no banco de trás do carro

Sozinha e abandonada num sítio onde ninguém nunca a descobriria.

Penso - acalma-te, Inga, pensa. O que é que fazes para resolver a situação?

Pânico!!!!

1 pessoa normal pediria 1 telemóvel emprestado, ligaria aos pais, ou na falta de se lembrar do número, ligaria para o próprio telemóvel, e assim os papás veriam a mala esquecida e voltariam para trás. E como eu gostaria de ser 1 pessoa normal...
Mas a verdade é que pedi o telemóvel emprestado mas não conseguia ligar para absolutamente ninguém, porque não sei o número de ninguém! Nem o meu!

Comecei a entrar mais em pânico, a ver imagens de mim abandonada no aeroporto como 1 cão vadio, com as costelas a furar a pele, como uma sem abrigo, mas depois também me lembrei - nem tudo está perdido, se tiveres de ficar aqui tens roupa para mudar, perfume para não cheirar mal e os bolos da mãe. Claro que n em me lembrei que, tendo dinheiro no bolso, podia perfeitamente apanhar 1 táxi para casa do meu irmão, comprar outro voo e ir no voo da noite (a pagar 300 euros mais).

No desespero lá me lembrei do nr de uma tia, liguei-lhe e peço para ela ligar aos meus pais, para me encontrarem à entrada. Lá vou cabisbaixa e nervosa para a porta de entrada, faltava meia hora para fechar o check-in mas àquela hora já os meus pais estavam em benfica, cravo 1 cigarro a 1 senhora que me deu o maço todo porque o namorado não sabia que ela fumava, acendo 1 cigarro e vejo... o meu pai!!!

Milagre!!!

O meu pai tinha visto a minha mala ali perdida ainda nem tinham saído da estrada do aeroporto, mas claro, não tinham como me avisar nem eu a eles. E a minha mãe estava na fila para o check in com a minha mala.

Ou seja, o que tenho em conice tenho também em sorte.

Lá vou eu com as malas pesadas à procura da mamã, está na bicha, beijinhos, abraços, meto-me na fila em vez dela e começa 1 casal de tugas a desatinar por eu ter passado. Segundo o que diz a minha mãe, ela estava na bicha, mas ela tb não é certa, então não faço ideia de quem teria razão. Mas só depois do stress pós-traumático é que começo a achar imensa piada às bocas com que o casalinho me brindou: "os portugueses têm sempre desculpa para tudo" (como se eles não fossem portugueses, fossem de uma raça superior), ou "deixa lá, mor, vamos a Barcelona, a gente tem é de pensar que vamos a Barcelona", o que denunciou logo a condição de gente muito viajada. Ignorei, no fim agradeci a simpatia e compreensão e desejei umas boas férias aqui e que gostassem de BCN, que era 1 cidade linda, sem rancor, sem ironia, já a achar piada à situação. Têm azar, está mau tempo.

Já quase a sair do avião, a senhora que ia ao meu lado mete conversa, descubro que vai para perto de mim em BCN, e, ainda mais coincidência, era de Faro, a minha terra natal. Estava a ser 1 dia muito estranho mesmo, e assim que cheguei a casa já não saí por esse dia... já tinha esgotado a minha quantidade de sortes, azares e coincidências.

De volta a casa, tudo igual, com menos brasileiros. O tempo aqui está nublado, não faz calor nem frio, tenho imenso trabalho pendente e perspectivas de 1 mês de setembro agitado. Entre ter de procurar casa e mudar, vamos ter imensas visitas que prometem animar a coisa. O Yiannis vem ficar 1 mês. O Pino vai voltar. Vêm amigos do Pino, vêm amigos meus, vêm as festas das mercês com muita música e vida... tenho a certeza que não me vai faltar material para escarrapachar nestas páginas, só tenho é de arranjar tempo.

Parabéns Nélson!!!



O nosso Nélson Évora tornou-se o novo ídolo de Portugal, e não só. As senhoras brasileiras, e provavelmente alguns senhores também, renderam-se à beleza e sex appeal do nosso produto nacional e estão prestes a atribuir-lhe a medalha de bronze para a posição homem mais jeitoso dos jogos olímpicos. E se normalmente desconfio das opiniões com pronúncia do outro lado do atlântico, desta vez sou obrigada a concordar... bem, mais ou menos...



A verdade é que com estes calções justinhos e verdes, a notar-se a grandeza da sua... alma lusitana, o nosso Nélson merecia pelo menos o ouro...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Dúvidas

Hoje não há piadas. Estou de ressaca.
Estou com ansiedade pré-férias, estou com as dúvidas próprias da idade avançada, estou com sono. Estou melancólica, suponho.

E ontem, durante aquele limbo que é o adormeço não adormeço, com o mundo a andar à roda do calor e tal, veio-me à cabeça 1 pergunta que me assalta silenciosamente há anos, e suponho que o segredo para acabar com esta insatisfação e inquietude permanente se esconda na resposta. Mas, infelizmente, como diria uma das profes de filosofia, as questões filosóficas mais profundas não têm resposta, só têm mais perguntas. E então, meus amigos, parece-me que esta é das grandes.

Antes de a revelar... a primeira pergunta em relação à pergunta, é porque é que ela me ocorreu em inglês. Resposta: não sei, porque sou parva, porque não controlo o idioma em que penso e sonho, porque tão depressa sonho em espanhol como em algarvio.

Segunda pergunta sobre a pergunta: qual é a pergunta?

Why do we try so hard to be different when all we ever wanted was to be like everyone else?

Ou, transposto para a língua mãe:

Por que é que tentamos ser diferentes quando tudo o que mais queremos é ser iguais?

Bem, mais do querer ser igual, quero querer ser igual. Complicado, não é? Pois é meus amigos.

Alguém tem ideias?

Normalmente, quando me sinto perdida, incompreendida e preciso de sentir que toda a gente se sente assim de vez em quando, apoio-me no Manel. E ainda não foi desta que me desiludiu...





Amanhã já estarei a cheirar o atlântico...