quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Desafios diários

- O frio, embora a partir dos -10 deixe de ter sensação de frio ou calor porque simplesmente não se sente o corpo
- O supermercado - descobrir qual é o leite sem a ajuda do google translate. Acabar por comprar leite fermentado azedo que nem é leite nem é iogurte (quem é que bebe essa merda?) e quase vomitar ao bebê-lo em casa. Diz que purifica.
- As cartas oficiais, mensagens da vodafone, emails do banco... Hã?
- A merda de cão escondida na neve
- A neve que derrete e se transforma em gelo
- As estalactites de gelo nos telhados que derretem, caem e podem matar 1 pessoa, ou no mínimo fazer dói-dói. E os mantos de neve que deslizam dos telhados também e, embora não matando tanto como as estalactites, é chato quando acertam em cheio na cabeça de uma pessoa.
- A neve a camuflar o espaço entre a estrada e o passeio. especialmente quando começa a derreter e achas que estás a meter o pé no passeio mais alto e... não.
- Encontrar coisas básicas, tipo pensos higiénicos para gajas normais, e não fraldas para porcas com o cio. Peixe fresco e sushi e comida básica tipo costeletas de borrego... não há.




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mito desfeito

Durante anos ouvi os homens portugueses a babarem-se com as Checoslovacas.

Pois amiguinhos, lamento dizer-vos isto, mas com a separação dos dois países, as giras ficaram na Eslováquia, de certeza.

As checas são cavalonas, sim, mas feias, pintam o cabelo de cores esquisitas, usam perucas e vestem-se mal.

Os checos também não são nada de especial. Tou a ficar com o pescoço duro de não o girar tantas vezes na rua.

Pronto, tá dito.


Praga - o início

Sempre quis conhecer Praga. Não sei porquê, achava que tinha aquele encanto de terceiro mundo - Europa de Leste, mas ao mesmo tempo seria 1 cidade rica em cultura, ópera, teatro, música, tudo com paisagens brutais, edifícios de contos de fadas, o cenário ideal para um filme de terror, também.

No ano passado tentei visitar a cidade, mas como éramos muitos acabámos por ir adiando a ideia e a coisa perdeu-se no ar. Meses mais tarde, mudei de trabalho, e depois do tempo de adaptação, a coisa correu muito bem e decidiram apostar em mim para chefiar um departamento. Cheia de orgulho por conseguir ser chefe em apenas 6 meses, muito embora o departamento fosse só eu, dei o melhor que tinha, fartei-me de fazer horas extra, fiz grandes amigos e acabei por me apaixonar pelo novo trabalho, muito embora fosse cheio de stress e demasiadas horas.

Em Julho pediram-me que visitasse o escritório que tinhamos em Praga, recém adoptado pelo núcleo de Barcelona, para fazer uma avaliação do que fazia falta para aquilo funcionar. Acabei por ficar 2 semanas e adorei a cidade, foi paixão, embora não amor como aconteceu com Barcelona.

Ao voltar a casa, reuni com o chefe, dei-lhe a minha opinião e no dia seguinte, perguntou-me o que achava de me mudar para Praga durante um ano, chefiar o núcleo e fazer as coisas funcionar... Fiquei sem palavras, obviamente. Acabadinha de sair do período de teste e propõem-me uma coisa destas.

Pensei durante uns dias, pesei os prós e os contras, e acabei por aceitar.

Por um lado - um experiência numa cidade nova, num cargo de responsabilidade na empresa que está no top 3 das maiores da minha área, mais dinheiro, mais oportunidades de subir, de aprender, de melhorar algo que não funciona bem... Por outro lado, pelo menos 6 meses de Inverno ultra duro numa cidade onde não conheço absolutamente ninguém, não falo a língua, não tenho as mesmas condições de trabalho e onde provavelmente as pessoas com quem vou trabalhar me vão odiar porque tenho menos tempo de casa que elas e vou ser chefe... Era arriscado

Mas como nunca fui muito de pensar demasiado em consequências, cá estou eu há mês e meio, a sofrer com o frio, a lutar para descobrir o que é o quê no supermercado, a adorar os pequenos recantos desta cidade tão especial, mas ao mesmo tempo a sentir a falta de Espanha e de Portugal todos os dias.

O Inverno vai ser muito difícil...

I'm back

A pedido de muitos tarados sexuais - pelo menos 3 - cá estou eu de volta aos posts.

Primeiro desafio - descobrir onde é que se faz o log-in, porque o meu google de repente só fala Checo. Um par de tentativas depois, desafio superado!

Vou tentar escerver pelo menos 3 vezes por semana, para relatar as coisas parvas que se podem fazer num país onde não conheço quase ninguém e não falo a língua.

Os desafios do dia a dia num escritório novo, com pessoas novas e uma cadela a meu cargo.

As parvoíces que me veem à cabeça. Enfim. O normal.

Get ready.

domingo, 4 de julho de 2010

SYTYCD

A versão portuguesa é tão triste quando comparada com isto...






domingo, 20 de junho de 2010

Dia 2 - Plitvice

No segundo dia agarrei nas malinhas e toca a andar para a estação de autocarros. O meu destino - Plitvice, tem um dos parque naturais mais bonitos da Europa, com um número gigante de lagos e cascatas com uma cor transparente que nunca vi em mais lado nenhum.
Deixei Zagreb para trás sem pena e durante 3 horas de autocarro passámos por imensas casas abandonadas ainda com sinais da guerra, crivadas de buracos de bala, saqueadas... Quase que me tinha esquecido que a guerra foi ainda ontem...

Ao chegar a Plitvice, guardei a mala num cacifo e toca a visitar o parque natural. Logo na primeira descida, passa um grupo de reformados por mim a cantar - ai, ai, ai, ai, eu gosto dessa mulher.
Os tugas estão por toda a parte, é impressionante.

Esta parte da viagem é difícil explicar por palavras, só pode mesmo ser transmitida por fotos. Então aqui vai:














Diário de bordo - Dia 1

Barcelona - Viena - Zagreb

Acordei cheia de vontade de férias, praia, bom tempo. Abri a janela e estava frio e a chover. Pensei: começamos bem...

Mas lá arranjei a malinha, meti-me a caminho do aeroporto e ao sair do avião em Viena, um calor brutal. Fiquei logo animada e com a sensação que estas férias iam correr bem, muito embora não conhecesse nada nem ninguém no destino e tivesse ido sozinha (porque sim, porque me fazia falta viajar e vale mais ir de férias sozinha do que ficar na cidade sozinha)

Em Viena apanhei o voo de ligação para Zagreb, meia hora de viagem apenas. Falei sempre em alemão para informações, responder a perguntas ou pedir apfesaft :)

Cheguei a Zagreb antes das 6. Um calor brutal. Ao sair do aeroporto passo por uma zona de controlo onde me pedem o passaporte, e eu claro, ignorante, tinha-me esquecido por completo que a Crácia não faz parte de união europeia e é preciso passaporte para entrar no país. Felizmente, como odeio o BI português, nunca ando com ele e trago sempre o passaporte comigo. Sorte :)

O aeroporto de Zagreb é bebé. Especialmente quando se está habituada a ter de atravessar toda a T1 de Barcelona que é gigante. Lá fora, enquanto esperava o autocarro que me ia levar ao centro da cidade, um americano de biceps gigantes pede-me para lhe tirar 1 foto com o pai. Depois mete-se à conversa. Era de New Jersey, o pai era croata e vinha para um casamento. O rapazinho era interessante e continuámos à conversa, mas bem depressa deu para ver que toda a matéria cinzenta tinha sido gasta nos bíceps. Quando falámos de Nova Iorque, ele diz-me todo emocionado: quando fores lá tens de ir a uma discoteca que é a melhor de New York. Eu vou todos os fins de semana e é incrível, 1 mundo à parte... E eu, ansiosa pelo conselho: qual, qual?

Responde o mocinho, que o melhor clube de NY é... o Pachá.

Tentei não rir à gargalhada e percebi logo que a nossa relação não ia ter futuro :D
Quando saimos no autocarro, cada um à sua vidinha, boa sorte e nem sequer perguntei nomes. Para mim ele será sempre o farronco do Pashá

Zagreb

Em Zagreb tinha de encontrar o hostel onde tinha reservado quarto para essa noite. Não foi nada fácil e andei com a mala de um lado para o outro, a transpirar que nem uma perdida e a tentar descobrir onde raio me tinha metido. Quando finalmente consegui chegar, o Marko, o dono do hostel, explica-me que são o melhor hostel de Zagreb, que estão no centro da cidade, oferece-me 1 cerveja e convida-me a sentar na esplanada, onde fui devorada viva pelos mosquitos.

O quarto do melhor hostel de Zagreb era uma merda. Os colchões uma merda, a casa de banho sem luz, mosquitos por toda a parte. Pensei: é só por umas horas, amanhã de manhã já estou a caminho de Plitvice.

Tentei sair um pouco, ir conhecer Zagreb, ir ao centro que supostamente era ao lado.

Não consegui encontrar centro nenhum, pese a que fui apanhada por uma testemunha de Jeová que me deu uma seca de meia hora e indicações erradas para ir para o centro, talvez na tentativa de me afastar da tentação. E resultou porque o máximo que fiz em Zagreb fio comer 1 fatia de pizza numa esplanada enquanto os mosquitos comiam uma fatia de mim.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

estou oficialmente apaixonada pelos croatas

em breve chega o diario da viagem porque isto de escrever letra por letra tem o seu que de chato. Agora vou ali dar um mergulho e ja venho...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Tá a nevar cães e gatos

Como nunca vi nevar nesta cidade antes!!!



segunda-feira, 1 de março de 2010

You should have met me in the 50's

No seguimento do post anterior, mas ao mesmo tempo sem ter nada a ver, venho por este meio pedir desculpa pela minha ausência da blogosfera. Eu sei como vocês sofrem por não me lerem todos os dias. Eu sei que sim. Não vale a pena negar.

Mas porque sinto 1 peso na consciência por vos ter meio abandonados, prometo que este post vale por mil. Pelo menos para mim.

Tão bora lá a isto:

Sábado à noite, 3 aniversários num com direito a festa rija. Passo a descrever o conceito:

Festa grande em apartamento pequeno. É isso mesmo. Uma festa grande (com tipo 60-70 pessoas) num apartamento no centro do Raval com mais ou menos 70 m2. Pequenino, pequenino. É 1 metrito quadrado para cada pessoa, na casa inteira, incluindo casa de banho. Com Djs, Banda, Rock and Roll, comida e muiiita bebida.

Tema: Os anos 50.

Superada a decisão do vestuário no Sábado à noite, esperei as minhas 3 princesas tugas para nos vestirmos em minha casa. Sessão de fotos e fartote de rir. Não é todos os dias que nos vemos com estas pintas. Eu pelo menos desde os meus 8 anos que não calçava sapatinho vermelho com peúga branca assim com tanto orgulho.

Vamos pela rua e metro na cidade nestas figuras: cabelo enrolado para fora, meu deus, óculos de gata que a meio da noite ficaram sem lentes porque não via nada. A Marisa era uma olivia newton john antes de ser engraxada, bem comportadinha, a Raquel a gaja de praia, elegante, st. Tropez, a Cátia era hospedeira de bordo santinha. Eu era a rocker rebelde (ou pelo menos tão rebelde quanto se pode ser com peúga branca e laçarote na cabeça). E sim, as pessoas olhavam.

Chegamos à festa, toda a gente bem disposta, os vestidos brutais, uma das aniversariantes tinha 1 fato de banho dos 50, alugado, que lhe ficava a matar e fazia conjunto com o do namorado (também feminino, com os peluncios a dar o seu ar de graça) . Havia Elvis, havia sputniks, havia de tudo. A música brutal, o ambiente brutal, mas a certa altura estava demasiada gente n1 espacinho tão pequeno que mal dava para mexer os cotovelos, quanto mais para dançar rock and roll.

Fomos à rua 1 apanhar ar e beber um café à esquina, enquanto nos lamentávamos que os Vampire weekend tocaram essa noite em Barcelona e que já não encontrámos bilhetes. E porque é que tinham de tocar numa sala tão pequena, porque não vêm ao estádio onde há mais lugar? E que a vida é injusta, e que gosto tanto deles, e quero morrer e a minha vida é uma merda e quero os Vampire weekend Buuáaaaa

Voltamos à festa e tinha chegado uma amiga que tinha ido ao concerto. E emocionada, a babar-me, pergunto: Como foi o concerto de vampire weekend? Como é que foi, como é que foi?

Responde ela: Muito bem, trouxe-os comigo

Inga: Ok, mas conta lá, como é que foi o concerto?

Ela: Foi fixe, e a sério. Eles estão ali na sala.

Volto a entrar na sala de 15 metros quadrados com banda brasileira a tocar, cheia de gente disfarçada a dançar e a rir-me da Andrea, coitada, tem com cada coisa... quando olho e vejo 4 gajos giros, não disfarçados, e com ar de Vampire Weekend. E claro que eram os Vampire Weekend!!!

Estavam ali, a um cantinho, a beber 1 jola, a abanar-se 1 bocadinho, com ar de tímidos... Os Vampire Weekend no Raval! Ali, assim, sem mái nem menos


Ainda falámos com eles, eles dizem que é a terceira vez que vêm a Barcelona, que adoram, tiraram 1 foto com as tugas, aproveitaram os instrumentos da banda que fez 1 intervalo, tocaram 2 músicas para nós naquele lugar minusculo, Tiraram-nos fotos (eles... a nós... à festa...)

E eu só pensava... isto não é verdade. Não pode ser. Como é que estas coisas acontecem nesta cidade?

Há 1 explicaçao lógica: a miúda que foi ao concerto foi depois comer com o namorado a 1 bar onde não estava mais ninguém a não ser eles e os Vampire. E ela falou com eles, disse que ia a 1 festa, se eles queriam vir. E eles vieram. Assim tão simples e eficaz.

Foi mítico

Estou à espera que me enviem os videos (e juro que cantam brutalmente bem ao vivo), mas para já fica a fotito para provar que não estou a sonhar nem a inventar coisas.










E olha aqui o video bonito, para nao dizerem mesmo que estou a inventar.
Brutal!


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Frrrriiiiiiioooooo

Tenho muita coisa para contar, muito pouco tempo.

Deixo-vos com uma musiquinha para combater o frio de bater o dente (não me lembro nunca de estar tanto frio na ciudad condal. Juro!)




terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CPC

Já muito se falou na blogosfera sobre a exposição da Sô Dona Clara Pinto Correia, onde ela aparece a trompicar (como diria a dona Manelita) com o marido enquanto este lhe tira fotos.
Para quem não sabe do que estou a falar - http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1465586

Não as vou meter aqui porque é muito cedo ainda e as criancinhas podem estar acordadas e depois têm pesadelos - não pela pornografia, que como sabem, não tenho nada contra, mas porque o resultado é assustador...
Aliás, como diz o próprio autor: "Queria perceber a evolução das expressões da mulher durante o orgasmo até à do sofrimento final, em que parece estar a ser torturada". Torturada é pouco. A mim dá-me a sensação que também faço aquela cara quando me entalo numa porta ou estou a depilar partes sensíveis.
Mas também não quero chegar aqui ao tema das caras orgásmicas, que, tiradas do contexto realmente conseguem ser bastante ridículas (desculpem, amiguinhos, é verdade. Vocês fazem cara de parvos quando chega o momento...)

Não querendo gozar mais (hihih, perceberam? Gozar? Hahaha. Ok, n teve piada) com os orgasmos da senhora, outros valores mais altos se levantam... e por isso tenho de dar crédito à exposição: o fotógrafo é um artista sim senhora

- Conseguir atacar a fera e tirar fotos ao mesmo tempo sem que fiquem tremidas não é para qualquer um.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Happy Birthday to me...

E assim se chega aos 31...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010