Conice revisited...

Ora boas, amiguinhos e amiguinhas.

Há muito tempo que tenho isto abandonado, mas o tempo e inspiração para escrever não têm sido abundantes. Mas agora aproveito 1 pausa para vos contar 1 pouco do que se tem passado por aqui.

Estava eu a pensar que tinha chegado a uma certa idade e tinha perdido aquela inocência que tinha em criança, ou até em adolescente, ou até em jovem adulta, e achava que não ia cair na mesma armadilha duas vezes...

Esquece lá isso, Inga amiga

Pois é. Caí outra vez.

Quem me conhece bem,sabe que eu odeio fazer anos. Odeio. É intrínseco. Fico toda a semana de mau humor e recuso-me a festejar. Sou assim desde os 18 anos. E quanto mais velha, pior. Só a referência de "que vais fazer nos teus anos?" me dá vontade de saltar tipo rotweiler ao pescoço de alguém, a ver se entendem que não gosto e não tenho disposição para festejar. No dia a seguir ao aniversário sinto-me muito melhor e conformada, mas na altura realmente reconheço que sou 1 pessoa aborrecida, carrancuda e sem sorriso, nervosa, irritadiça, pãozinho sem sal, depressiva, chata...

Ora aos 28 estava com uma disposição que ninguém me aguentava e decidiram organizar uma festa surpresa para ver se me passava a má cara. Muitos de vocês provavelmente estavam lá. Foi brutal. E eu sou muito crédula mesmo. Talvez não espere que realmente gostem tanto de mim ao ponto de se darem ao trabalho de fazer mil e um contactos secretos só para me ver a sorrir. Mas tenho grandes amigos. E aos 28 anos foi assim. Adoro-vos. Muito. E sinto a vossa falta.

Aos 29 também não andava fina, mas entre que estava n1 sítio novo e que tivemos um plano calmo com as minhas meninas, passou sem grandes alarmismos.

Pois este ano, para os 30, a cara de má já durava desde o dia 31 de Dezembro.

Passei uns dias em Granada em boa companhia mas estava carrancuda, anti-social, e acabei por não aproveitar metade do que poderia ter aproveitado. Reconheço.

E depois, durante toda a semana, continuava um pouco em baixo, melancólica, com pouca energia. E toda a gente perguntava: Fogo, são os 30, de certeza que vais fazer uma granda festa, não? E então, que vais fazer? Onde é a festa?

Só queria que o dia chegasse logo para o poder esquecer

Mas agora tão depressa não o esqueço...

Desabafei com a Marisa. Ela conhece bem esta característica anti-aniversário que eu tenho: Na verdade ela também não é de grandes festas de anos. E pedi-lhe, pelo sim, pelo não: "Marisa, se suspeitas que o pessoal de minha casa está a planear alguma coisa, por favor, avisa-me". E aí dei-lhe a ideia de fazer exactamente o contrário do que estava a pedir. (Ha, não queres festa? Espera lá que já vais ver...)

Juro-vos que não desconfiei de nada. Tinha algum receio que estivessem a planear algo em casa ou que quando chegasse o dia me obrigassem a sair, e isso não queria mesmo. Estava de rastos. E na sexta feira, dia de aniversário lá me animei a ir jantar com as 3 princesas tugas. À meia noite já estava em casa e muito mais bem disposta. Aparentemente todos tinham respeitado a minha decisão. Em casa fizeram-me um bolinho, mas sem velas nem nada de parabéns a você...

No dia a seguir, passámos todo o dia nos saldos (n comprámos nada) e já me tinha esquecido completamente de que tinha feito anos no dia antes. Entretanto a Raquel tinha dito que ia jantar com uns amigos tugas, se quiséssemos para nos juntarmos a eles. OK, boa. Agora estou mais sociável e não tenho de trabalhar ao fim de semana, fixe. Bora jantar

Vamos até ao restaurante e encontro 1 colega de trabalho, mas nada de suspeito. Encontro-o imensas vezes por Barcelona. Depois chega um outro rapaz conhecido, mas também não vi a relação...

Subo as escadinhas para a parte de cima do restaurante e vejo alguns colegas de trabalho que não podiam estar ali por coincidência... sentados numa mesa enorme com as minhas meninas tugas e os amigos de cá.

A minha reacção foi: vou matar-vos a todos.

Depois: Como posso ser tão estúpida?

Depois: preciso de uma cerveja... como posso ser tão estúpida? Vou matar-vos a todos!

A festa foi brutal, completamente surpreendente, ainda para mais porque os grupos não se conheciam entre si. A Marisa (grande!), a cabecilha do plano, deu-se ao trabalho de procurar contactos e de saber exactamente quem poderia estar na festa. Os meus colegas de trabalho despistaram-me de forma brilhante. Ninguém se descaiu. Ninguém... Ou melhor... eu não dei por nada.

No fim curtimos à grande e para que é que me vou queixar de ter 30 anos quando tenho a sorte de ter conhecido gente tão boa em tão pouco tempo, e de ter o apoio de alguém que conheço desde sempre e que nunca pára de me supreender sempre pela positiva :D

Mais 2 notas de destaque:

1 - É provável que não cumpra os 31. O meu presente de aniversário foi...

1 salto de SKYDIVING!!!!

Ou seja, atirar-me d1 avião com 1 gajo às costas... Brutal! Resta saber se o coração de trintona aguenta!

2 – Por mais cliché que pareça... dançar na rua é 1 sensação de liberdade tão boa. Abençoados sejam estes momentos que te deixam a fazer a conga à volta d1 desconhecido a tocar guitarra e gaita, a cantar músicas de protesto entre monhés vendedores de cerveja, amigos, desconhecidos...

Em conclusão...

Adoro-vos!

Muito

Com intensidade

Fazem com que a minha vida valha a pena, quer esteja no alto ou na fossa.

Com vocês nem me importo de fazer 40, mas só daqui a 10 anos

ADORO-VOS...

Tanto, tanto, tanto que as palavras não chegam para dizer quanto porque soam a frases feitas e não é nada disso que sinto.

No fundo, imaginem que estou com 1 sorriso de orelha a orelha e com os olhos a brilhar e os braços abertos: adoro todos os meus amigos.

Vai 1 abracinho?

E chega de lamechices, que é coisa que me custa muito. Bora às fotos...